Mais comum em homens, a doença apresenta sintomas em estágios mais avançados
Silencioso e predominante em homens, o câncer de bexiga é o sétimo câncer mais incidente entre a população masculina, no Brasil, representando mais de 3% dos cânceres nos homens. Os dados são do Instituto Nacional do Câncer – INCA e apontam que em 2025 deverão ser registrados 11.370 novos casos, sendo 7.870 em homens e 3.500 em mulheres, o equivalente a 7,45 casos novos a cada 100 mil homens e 3,14 a cada 100 mil mulheres.
Fator de Risco e Diagnóstico
O oncologista, Dr. Rodrigo Jerônimo de Araújo (CRM RN 4222), explica que independente do sexo, o tabagismo é o principal fator de risco para desenvolver o tumor na bexiga. “Parar de fumar é importante na questão da diminuição da incidência do câncer de bexiga – o fumante tem risco de duas a três vezes maior de desenvolver esse tipo de tumor, se comparado ao ‘não fumante’, e é um câncer agressivo. Já um ‘ex fumante’, por exemplo, quando completa entre 5 a 10 anos que deixou o hábito do tabagismo, o risco de desenvolver a doença cai de forma substancial”, comenta o oncologista.
Dr. Rodrigo explica que o câncer de bexiga é uma doença silenciosa e o paciente precisa estar atento para alguns sinais e sintomas. “Caso apresente urina avermelhada ou sangramento pela urina é necessário procurar um médico com urgência e realizar exames. O ultrassom é um dos utilizados para o diagnóstico; sendo o urologista e o oncologista clínico os médicos especialistas para tratar desse tipo de câncer”.
Tratamento
Dentre as opções de tratamento estão cirurgia e quimioterapia. “Quando o câncer da bexiga está bem no início, realizamos uma raspagem, chamada de RTU (Ressecção Transuretral de Tumor de Bexiga), muitas vezes, seguida de um tratamento intravesical, que é por BCG (Bacillus Calmette-Guerin) – Uma imunoterapia que faz com que o próprio sistema imunológico do corpo ataque as células cancerígenas; ou quimioterapia. Já com o tumor em estágio mais avançado, a cirurgia e a quimioterapia são os meios indicados. E quando o paciente não tem metástase, mas o tumor está localmente avançado e não quer passar pelo procedimento, realizamos o tratamento trimodal, com raspagem na bexiga (procedimento pouco invasivo), quimioterapia e radioterapia. Os com metástase, são submetidos a quimioterapia e imunoterapia”, elucida Dr. Rodrigo.
O tipo de tratamento para cada paciente vai depender de diversos fatores, considerando desde o estadiamento da doença, idade e estado geral de saúde do paciente, além dos benefícios, possíveis riscos e efeitos colaterais de cada opção a ser avaliada pela equipe médica, que envolve especialistas como o urologista, cirurgião e o oncologista.
Ao apresentar qualquer sinal ou sintoma, fizer parte do grupo de risco ou tiver histórico familiar, é importante consultar um médico especialista para orientar e realizar exames específicos. Quanto mais cedo o diagnóstico, maior as chances de cura.