Câncer de esôfago

Câncer de esôfago

A campanha “Abril Azul Claro” acontece todos os anos para gerar conscientização sobre o câncer de esôfago – órgão do sistema digestivo que liga a garganta ao estômago. E os sintomas demoram a aparecer, o que faz com que os pacientes levem mais tempo para procurar um especialista.

No Brasil, o câncer de esôfago (tubo que liga a garganta ao estômago) é o sexto mais frequente entre os homens e o 15º entre as mulheres, excetuando-se o câncer de pele não melanoma. Sendo o oitavo mais frequente no mundo, e a incidência em homens é cerca de duas vezes maior do que em mulheres.

O tipo de câncer de esôfago mais frequente é o carcinoma epidermoide escamoso, responsável por 96% dos casos. Outro tipo, o adenocarcinoma, vem aumentando significativamente. Em sua fase inicial, o câncer de esôfago pode não ser detectado. O primeiro sintoma do câncer esofágico costuma ser a dificuldade em engolir alimentos sólidos, que se desenvolve à medida que o tumor cresce e causa o estreitamento do esôfago. Mais adiante, torna-se difícil engolir alimentos pastosos e, em seguida, até líquidos e saliva.

A perda de peso é comum, mesmo quando a pessoa afetada mantém boa alimentação. E o paciente também pode sentir dores no peito que radiam para as costas.

À medida que o câncer avança, vários nervos, outros tecidos e órgãos são frequentemente afetados. O tumor pode comprimir o nervo responsável pelo controle das cordas vocais, podendo causar rouquidão. E essa compressão dos nervos circundantes, acarreta dor na coluna vertebral, paralisia do diafragma e soluços. O câncer costuma se disseminar aos pulmões, gerando  falta de ar, e, ao fígado, causando febre e inchaço abdominal; e a dispersão para os ossos pode causar dor. O cérebro também pode ser atingido, provocando dor de cabeça, confusão mental e convulsões. Já a propagação para o intestino provoca vômitos, sangue nas fezes e anemia por deficiência de ferro. O alastramento para os rins é geralmente assintomática.

Nas fases finais, o câncer pode obstruir completamente o esôfago, e a deglutição torna-se impossível, causando acúmulo de secreções na boca, o que pode causar grande aflição.

Fatores de Risco

O tabagismo (de qualquer tipo) e a ingestão de álcool são os principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de esôfago, embora isso ocorra com maior frequência no carcinoma de células escamosas do que no adenocarcinoma.

Pessoas que tiveram infecções causadas pelo Papilomavírus Humano; Câncer de Cabeça ou de Pescoço; ou receberam radioterapia esofágica para o tratamento de câncer em regiões próximas, também estão mais propensas a desenvolver de câncer de esôfago.

Àqueles com distúrbios esofágicos de base como: a acalasia, membranas esofágicas (síndrome de Plummer-Vinson) ou estenose causada pela ingestão de substâncias corrosivas (como soda cáustica), também apresentam maior risco de desenvolver o câncer esofágico de célula escamosa. E a maioria dos adenocarcinomas desenvolve-se em pessoas com um quadro clínico pré-canceroso, chamado de Esôfago de Barrett. O Esôfago de Barrett desenvolve-se pela irritação prolongada do esôfago, devido a um refluxo repetido de ácido gástrico (refluxo gastroesofágico). Pessoas obesas apresentam maior risco de adenocarcinoma, devido ao maior risco de desenvolvimento de refluxo gastroesofágico.

Em caso de sintomas ou busca de mais informações, procure seu médico!