Câncer de esôfago

Câncer de esôfago

 Conhecendo o esôfago

O esôfago é um órgão muscular semelhante a um tubo, comunica a faringe com o estômago e transporta alimento de um órgão ao outro. Seu trajeto vai da região cervical a cavidade abdominal; é dividido em três terços: superior, médio e inferior.

Na primeira parte, possui uma válvula chamada esfíncter esofágico superior, que se abre quando recebe o estímulo dos alimentos que passam, para permitir que eles se dirijam ao estômago. Na parte baixa do esôfago, junto ao estômago, existe outra válvula, o esfíncter esofágico inferior, que se abre para que os alimentos cheguem ao estômago.

O esôfago apresenta quatro camadas que, da interna para a externa, são: mucosa, submucosa, camada muscular (constituídas pelos músculos longitudinais e circulares), e camada adventícia. Assim que o bolo alimentar passa, esse esfíncter se fecha para impedir que o conteúdo gástrico volte para o esôfago, causando os sintomas característicos do refluxo gastroesofágico.

No Brasil, o câncer de esôfago é o sexto mais frequente entre homens e o 15º entre as mulheres, a exceção do câncer de pele não melanoma. Já no mundo, é o oitavo mais frequente.

Fatores de risco

Consumo frequente de bebidas muito quentes;

Consumo de bebidas alcoólicas;

Tabagismo (segundo o INCA, é responsável por 25% dos casos de câncer de esôfago);

O excesso de gordura corporal e a obesidade (que facilita o desenvolvimento da doença do refluxo gastroesofágico);

Excesso de consumo de carne processada (ex.: salsicha, presunto, blanquette, etc);

Infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV);

Tilose (espessamento da pele nas palmas das mãos e na planta dos pés), acalasia (falta de relaxamento do esfíncter entre o esôfago e o estômago), esôfago de Barrett (crescimento anormal de células do tipo colunar para dentro do esôfago), lesões cáusticas (queimaduras) no esôfago e Síndrome de Plummer-Vinson (deficiência de ferro);

Exposição a poeiras da construção civil, de carvão e de metal, vapores de combustíveis fósseis, óleo mineral, herbicidas, ácido sulfúrico e negro de fumo está associada ao desenvolvimento de câncer de esôfago. Os trabalhadores da construção civil, metalurgia, indústria de couro, eletrônica, mineração e agricultura, engenheiros eletricistas, mecânicos, extratores de petróleo, motoristas de veículos a motor, trabalhadores de lavanderias/lavagem a seco e serviços gerais podem apresentar risco aumentado de desenvolvimento da doença.

Como prevenir

Não fumar e evitar ser fumante passivo;

Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;

Realizar exames para identificar a doença do refluxo;

Evitar consumir bebidas muito quentes;

Utilizar camisinha durante relação sexual;

Fazer atividade física.

Sintomas

Na fase inicial, mal apresenta sintomas. Mas, com a progressão da doença surgem: dificuldade ou dor ao engolir (disfalgia), dor retroesternal (atrás do osso do peito), dor torácica, sensação de obstrução ao tentar engolir, náuseas, vômitos e perda de apetite.

A dificuldade de engolir apresenta estado avançado da doença, que progride de alimentos sólidos até pastosos e líquidos, levando a perda de peso.

*Se você está exposto a algum fator de risco, marque consultas regulares e realize exames de rotina para prevenção.

Diagnóstico

Realizado por meio da endoscopia digestiva e biópsia para confirmação do diagnóstico.

Quanto mais cedo o tumor for detectado, maior a chance de cura.

Tratamento

O tratamento vai depender de cada caso e do estágio da doença e condições clínicas do paciente. Porém, a maioria se baseia em tratamento cirúrgico, radioterapia e quimioterapia, de forma isolada ou conjugada.

*Atenção! Essas informações não dispensam consultas, são apenas elementos para construção de conhecimento e auxílio para buscar ajuda médica. Cada paciente é tratado de acordo com as necessidades clínicas.