Leucemia Mieloide Crônica

Leucemia Mieloide Crônica

A leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos (leucócitos), e que compromete o sistema de defesa do organismo, tendo início nas células-tronco da medula óssea (responsável pela fabricação das células sanguíneas). Sua principal característica é o acúmulo de células doentes na medula, que substituem e diminuem as células sanguíneas normais.

Existem mais de 12 tipos de leucemia, dentre as mais conhecidas estão: Leucemia Mieloide Aguda (LMA), Leucemia Mieloide Crônica (LMC), Leucemia Linfocítica Aguda (LLA) e Leucemia Linfocítica Crônica (LLC).

Aqui, iremos abordar sobre a LMC

Classificada pela Organização Mundial da Saúde – OMS, como uma “neoplasia mieloide da medula óssea”, a LMC é um tipo de leucemia que progride devagar e envolve as células mieloides da medula óssea, invadindo o sangue periférico. As células leucêmicas crescem e se dividem, acumulando-se na medula e espalhando pelo sangue. Em casos mais avançados, pode se instalar em outras partes do corpo, a exemplo do baço.

Sendo um tipo de câncer não hereditário, mais comum em homens adultos acima dos 50 anos. Se distingue dos outros tipos devido a presença de uma anormalidade genética nos glóbulos brancos, chamada de ‘cromossomo Philadelphia (Ph+)’. E, em um pequeno número de pacientes, a LMC pode ser causada devido à exposição a altas doses de radiação.

Dentre os sintomas estão:

  • Anemia
  • Fadiga
  • Fraqueza
  • Infecções
  • Sangramento
  • Febre
  • Dores nos ossos
  • Diminuição do fôlego durante as atividades físicas
  • Perda de peso sem motivo aparente
  • Dores abaixo da costela ou no lado esquerdo, devido o baço aumentado
  • Suor noturno

Mas, atenção! Nem todo paciente de LMC apresenta sinal ou sintoma. Segundo a Abrale – Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia, quando os sintomas ocorrem é devido a produção das células normais da medula óssea está comprometida pelas células da LMC.

E, lembre-se! ANEMIA é DIFERENTE de LEUCEMIA. A anemia é a falta de glóbulos vermelhos presente no sangue. Podendo estar relacionada a condições genéticas ou a causas secundárias, como doença renal crônica, alterações no metabolismo do ferro, sangramentos, deficiência de vitaminas e etc.

Diagnóstico

O diagnóstico pode ser realizado durante exames simples de rotina, aos quais detectam um elevado número de glóbulos brancos no sangue. Se confirmado a suspeita, novas análises, como as de medula óssea, se fazem necessárias. Além de biópsia da medula óssea, análise citogenética, dentre outras, a depender de cada caso.

Fases

A Leucemia Mieloide Crônica tem 3 fases: Crônica, Acelerada e Blástica. E, identificar a fase da doença ajuda o médico a determinar o tipo de tratamento do paciente.

Na Fase Crônica, o paciente normalmente responde bem ao tratamento, porém, se não tratada, evolui para a Fase Acelerada, que é quando ocorre o aumento no número de células imaturas e, até mesmo, mutações cromossômicas, além do cromossomo Ph. Pacientes nessa fase podem ter mais de 20% de basólifos, aumento do tamanho do baço, anemia, anormalidades cromossômicas e novas mutações cromossômicas nas células de LMC. Nesse estágio, o número de células cresce mais rápido e causa sintomas. E, não tratada, evolui para a Fase Blástica – essa se comporta como a forma aguda da leucemia, podendo apresentar muitos dos sintomas citados, incluindo hemorragias.

Tratamento

A LMC ainda não tem cura. Contudo, com as terapias e os medicamentos existentes, os pacientes têm alcançado cada vez mais êxito nos tratamentos, com remissões mais significativas, o que os médicos optam por chamar de ‘cura funcional’.

O tipo de tratamento vai depender de cada paciente, levando em consideração diagnóstico, fase, riscos, idade, problemas adjacentes de saúde etc.
Mantenha sua saúde em dia!

Realize exames periódicos e, em caso de quaisquer sinais ou sintomas citados acima que perdurem e não tenham causas aparentes, consulte um médico.