Você sabe o que são Linfomas?

Você sabe o que são Linfomas?

Responsável por funções vitais do organismo, o Sistema Linfático é constituído por uma rede de vasos (linfáticos) – semelhantes as veias -, distribuído ao longo do corpo e recolhendo líquido acumulado nos tecidos, filtrando-o e reconduzindo à circulação sanguínea; sendo, dessa forma, parte do sistema de defesa do organismo. Composto por estruturas como: órgãos linfoides, linfonodos, ductos, tecidos, capilares e vasos linfáticos, por onde circulam glóbulos brancos, principalmente os linfócitos.

Já o Linfoma é um conjunto de cânceres que afetam os linfócitos (células responsáveis por proteger o corpo de infecções e doenças). Esses linfócitos sofrem alterações e começam a se multiplicar rapidamente ou deixam de ser destruídas, acumulando-se e levando à formação de tumores, que comprometem o sistema linfático.

Dividido em dois ‘grupos’, o Linfoma pode ser: Linfoma de Hodgkin (LH) e o Linfoma Não-Hodgkin (LNH) – sua principal diferença está no tipo de célula doente.

O Linfoma de Hodgkin atinge células específicas de defesa do corpo, como os linfócitos do tipo B (presentes na medula óssea e responsáveis por produzir anticorpos). Segundo o INCA – Instituto Nacional de Câncer, a doença pode ocorrer em qualquer faixa etária, sendo mais propensa em homens.  E a maioria dos pacientes com LH pode ser curada com o tratamento disponível atualmente e diagnóstico precoce, uma vez que o tumor, identificado em seu estágio inicial, possibilita maior chance de cura.

Já o Linfoma Não-Hodgkin tem origem nas células do sistema linfático e se espalha de maneira não ordenada; se desenvolvendo a partir dos linfócitos B e T (esse possui várias funções, e, uma delas, é auxiliar os linfócitos B na produção de anticorpos).

Existem mais de 50 tipos diferentes de linfomas LNH. E, como o tecido linfático é encontrado em todo o corpo, o linfoma pode começar em qualquer parte.

Tanto para o LH quanto para o LNH, os sintomas vão depender também do tipo e do local atingindo, sendo os mais comuns: aumento dos linfonodos (gânglios) do pescoço, axilas e/ou virilha; suor noturno; febre; cansaço; coceira na pele e perda de peso sem ‘motivo’ aparente. Lembrando que esses sintomas não são os únicos e nem exclusivos de casos de câncer, devendo um médico ser consultado.

Em ambos os casos, a detecção precoce e a adoção de hábitos saudáveis, além de evitar se expor a produtos químicos são ainda a melhor estratégia, uma vez que não há como prevenir a doença de forma geral. Estar atento aos sinais do corpo e fazer exames de rotina aumentam as chances de cura.

Para o diagnóstico são necessários vários exames, entre eles: biópsia, punção lombar, tomografia computadorizada e ressonância magnética. Após resultado, a doença é classificada de acordo com o tipo de linfoma e o estágio que se encontra, o que vai determinar a forma de tratamento. Os linfomas indolentes – de crescimento lento – correspondem a 40% dos casos, e os linfomas agressivos são 60%.

A maioria dos linfomas é tratada com quimioterapia, associação a imunoterapia e quimioterapia, ou radioterapia. Em casos de pacientes com LH e que sofrem recidivas ou não respondem ao tratamento inicial, pode haver indicação de poliquimioterapia ou até mesmo transplante de medula óssea.

Em quaisquer dos casos, somente o médico pode definir qual a melhor estratégia e tratamento para o paciente.

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